Enquanto o Brasil e o mundo enfrentam desafios climáticos extremos, com calores intensos de um lado e fortes chuvas e alagamentos em outros, os servidores públicos federais vivem um clima igualmente tenso, mas de outra natureza. Diferente do ponto crítico em que o aquecimento global exerce sobre o clima, a situação do servidor ainda é reversível, mas depende muito da mobilização dos trabalhadores do serviço público.

A principal preocupação atual é sobre os reajustes salariais para 2024, uma questão que permanece sem respostas claras. O cenário é agravado pela decisão do governo federal de adotar uma política de déficit zero para o próximo ano, indicando possíveis limitações no orçamento destinado aos servidores. A decisão do governo federal de manter essa meta fiscal adiciona uma camada extra de complexidade às negociações salariais dos servidores. Essa postura restritiva nas finanças públicas pode limitar significativamente o orçamento destinado ao funcionalismo.

A 5ª reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, realizada quinta-feira (16), não trouxe as respostas esperadas aos servidores. Sem garantias de atendimento às principais demandas, que incluem recomposição salarial e equiparação de benefícios, a reunião deixou um sentimento de insatisfação entre os servidores. Apesar da presença e vigilância de servidores de várias regiões em Brasília, a única promessa do governo foi a de apresentar uma proposta até 15 de dezembro. Esse cenário reforça a necessidade de uma mobilização contínua e uma pressão efetiva por parte dos servidores.

Devemos sim reconhecer os avanços da categoria, mas a pressão deve ser intensificada. A instalação de mais de 20 mesas setoriais representa um avanço importante, representando um avanço significativo nas conversas entre servidores federais e o governo. Estas mesas abordam uma variedade de questões e setores, demonstrando um progresso nas negociações, embora em um ritmo mais lento do que o desejado. A participação dos servidores nas negociações é fundamental para garantir que suas demandas sejam ouvidas e atendidas.

O secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, enfatiza a importância das mobilizações por um orçamento justo, com margem para o aumento dos servidores, deva ser ampliada tanto em Brasília quanto nos estados.

O SINTRAFESC reitera a importância da união e da ação coletiva neste difícil e incerto momento. A luta por recomposição salarial, a extinção da PEC 32, condições de trabalho adequadas e melhoria nos serviços públicos prestados à população continuam sendo prioridades. Agora, mais do que nunca, a solidariedade e a determinação dos servidores são essenciais para enfrentar esses obstáculos. A força coletiva dos servidores e o diálogo são as chaves para superar esses desafios e alcançar as mudanças almejadas.

Continuamos firmes na defesa dos interesses dos servidores públicos federais, reforçando a necessidade de uma resposta tangível às nossas reivindicações!