CGU encontrou no MEC quase R$ 19 bilhões em distorções
O relatório que mostrou R$ 18,8 bilhões sem explicação ou com falhas no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do MEC.
A Controladoria-Geral da União (CGU) descobriu que R$ 18,8 bilhões dos gastos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) do Ministério da Educação (MEC), no ano passado, não foram explicados.
Trata-se de relatório da CGU que apurou os destinos dos recursos do principal fundo do MEC, do qual o GGN teve acesso.
Quais erros a CGU encontrou?
“As distorções identificadas, em sua maior parte, se referem a lançamentos indevidos nas contas contábeis relacionadas ao Fundo de Financiamento Estudantil, ao Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo, e à escrituração de direitos sobre transferências do Pnae, Pnate e PDDE.”
Falhas internas
Esses valores que apresentaram falhas nas comprovações são, segundo a CGU, erros de fiscalização, de controles internos, do próprio trabalho de realizar os ajustes e atualizações dos valores, e da falta de auditorias da pasta do MEC.
Inconsistências de bilhões
O órgão aponta, contudo, que mesmo que as falhas possam ser meramente das funções burocráticas de fiscalização e acompanhamento dos recursos, há números que representam inconsistências e que devem ser apurados.
“Em relação ao Fies, verificou-se inconsistência nos saldos relacionados aos financiamentos concedidos no valor de R$ 10,4 Bilhões; inconsistência nos saldos relativos ao registro de financiamentos do Fies concedidos em 2021, no valor de R$ 3,5 Bilhões; classificação indevida de créditos a receber (principal e juros), relacionados a empréstimos de longo prazo, que têm prazo de realização inferior a doze meses, no valor de R$ 5,4 Bilhões; e superavaliação das contas 121110312 e 441110100, no valor de R$ 369.218.557,82.”
Fonte: Celeste Silva, A Postagem