
Dia do Servidor: precisamos comemorar
No dia do servidor é preciso comemorar antes de irmos votar e decidirmos que futuro queremos
O fato de os servidores terem sido os principais alvos das políticas de destruição do Governo Bolsonaro é notório e sabido. São quase quatro anos de embates intensos por manutenções dos direitos adquiridos e uma infrutífera tentativa de negociação pelo reajuste salarial.
É com esse difícil cenário que chegamos a mais um Dia Nacional do Servidor. Mas é preciso comemorar! O significado semântico da palavra comemorar é: trazer à lembrança; recordar, memorar. É por isso que neste dia, no qual mais uma vez nada temos a festejar, temos que fazer uma retrospectiva e avivar em nossas mentes o que está sendo este governo, para nós quanto servidores e também como cidadãos.
O compromisso dos servidores é servir a sociedade, cuidar do é de todos/as. O dever cívico dos servidores, principalmente em um país marcado por uma desigualdade estrutural, é garantir que os serviços prestados pelo Estado possam chegar com qualidade, principalmente para quem mais precisa.
Durante a pandemia de Covid, que vitimou quase 800 mil pessoas, os servidores reafirmaram serem indispensáveis para o povo. Ficou evidente o comprometimento do funcionalismo em salvar vidas e em amparar a população nas demais questões resultantes. Mesmo com o protagonismo os servidores parecem serem invisíveis para o governo, sendo tratados como um inimigo a ser combatido, tratados com desprezo, desrespeito e de forma indigna.
Somos o alicerce de um país democrático. Somos decisivos para a Gestão Pública.
A dupla Bolsonaro-Guedes aposta em um estado mínimo, em que a população tenha o mínimo de direitos possível. É a hora de defendermos os serviços públicos de forma universal, para todos, indistintamente. Precisamos escolher um projeto de país que valorize os servidores, que amplie e garanta os serviços essenciais. Não podemos deixar que as instituições continuem sendo destruídas e subvertidas.
Estamos vivendo um retrocesso distópico. Estamos diante de um presidente que sequer abriu espaço para negociar. O único, em vinte anos, que não concedeu qualquer reposição salarial ao funcionalismo, que enfrenta uma defasagem de mais de 30% no período. A categoria segue sem expectativas para 2023. Bolsonaro fala de forma textual na possibilidade de cortar 25% dos salários de todos os servidores.
Se Jair Bolsonaro for reeleito esse projeto de destruição será imediatamente posto em prática; o fantasma da PEC 32 virará realidade. Teremos mais quatro anos de retrocessos e desmantelamento, que poderá chegar a um ponto irreversível.
Desejamos um Dia do Servidor Público de muita reflexão e consciência dos ataques sofridos para que possamos decidir que tipo de governo queremos lidar. Que nossas forças sejam renovadas para podermos resistir até o fim deste mandato, certos de que tentarão colocar mais algumas granadas em nossos bolsos, e ainda mais certos de que juntos podemos enfrentar e derrotar quaisquer desafios.
Parabéns aos servidores que não abandonam a luta e que dedicam a vida a servir o maior patrimônio da nossa nação: O POVO.
Somos o patrimônio de quem não tem patrimônio
O Brasil precisa dos servidores