
Dia internacional da mulher: Um mesmo novo dia para lutar contra velhos obstáculos
Existem momentos, fatos, acontecimentos que são mais sentidos não por se apresentarem sutis ou escancarados, não pela barbárie, não pelo silêncio que grita. São mais sentidos porque alguém nasceu mulher. E esse aspecto, que deveria ser só um mero detalhe genético, torne-se luta permanente que é lembrada, desde o final do século XIX, todo dia 8 de março. Mais do que vangloriar feitos importantíssimos e essenciais de mulheres fortes que antecederam outras também fundamentais, possibilitando avanços antes nem imaginados, precisamos ter em mente que há muito ainda a se fazer. Apesar de, no Brasil, as mulheres terem conquistado mecanismos como a Lei 11.340/2006, conhecida como Maria da Penha, dados insistem em apontar que todos os dias, no Brasil, uma denúncia de violência contra a mulher é feita a cada sete minutos. Esse dado é mais que suficiente para nos provar que a luta contra velhos obstáculos que insistem em atormentar mulheres aqui, ou em toda parte, não pode cessar nem por um minuto.
Se a violência é um dos aspectos mais assustadores desse caminho em busca de avanços e direitos iguais, outros tantos obstáculos seguem sendo impostos à mulher diuturnamente. A insistente jornada para provar que a mulher é capaz de ser produtiva, competitiva, ainda que e apesar da árdua tarefa de gerar e criar outros seres para encarar esse mundo. Mulheres são postas a prova todos os dias. Crescem aprendendo a seguir um determinado comportamento para não serem subjugadas. Mas não há comportamento adequado apenas para a mulher. Há um comportamento adequado a absolutamente todos que vivem em sociedade e que deveriam adotá-lo de forma indistinta a todos os demais seres que se movem ou não nessa terra.
Para a Condsef/Fenadsef, é preciso não se intimidar. Os desafios são grandes, mas quanto maior for nossa capacidade de resistência maiores serão as chances de consolidarmos uma sociedade mais justa e igualitária, livre de mecanismos que favoreçam a discriminação de gênero, a exclusão e a subordinação”. Assim caminharemos, todos, para dias melhores, mais justos onde todos os minutos compreendidos nas horas do dia sejam gastos com liberdade e igualdade de direitos.
Fonte: Condsef/Fenadsef