O Sintrafesc integra a delegação catarinense representando a CUT de Santa Catarina, com a presença do nosso secretário de finanças, Lírio José Téo. A participação reforça o compromisso do sindicato e da central em acompanhar de perto debates que podem repercutir diretamente na vida das trabalhadoras e dos trabalhadores e no desenvolvimento nacional.
Ao longo das discussões, centrais sindicais do Cone Sul e entidades parceiras apontam que, mesmo após a revisão de 2023, o texto do acordo permanece insuficiente em garantias para promover desenvolvimento regional com trabalho decente e valorização industrial. Entre as preocupações, destacam-se:
- risco de reprimarização das economias do Mercosul, com perda de capacidade de agregar valor localmente;
- necessidade de cláusulas sociolaborais vinculantes e de mecanismos de monitoramento efetivo;
- preservação de compras públicas e de instrumentos de política industrial e inovação que fortaleçam cadeias regionais;
- participação social permanente na implementação e no acompanhamento do acordo.
A perspectiva apresentada pelo campo sindical condiciona qualquer avanço do tratado a salvaguardas que assegurem empregos de qualidade, proteção ambiental responsável e políticas que evitem assimetrias entre os blocos. Em síntese, defende-se um modelo que amplie mercados sem precarizar direitos nem reduzir o Mercosul à condição de fornecedor de commodities.